sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Os nossos serviços públicos...

(de forma muito resumida descrevo a situação de hoje)
Tive uma reunião numa Câmara Municipal e à saída pergunto na senhora que está à porta (a fazer de porteira e auxiliar quem passa, na porta, julguei eu)
- qual a melhor forma de conseguir um táxi? (poderia haver uma praça por perto...) Disse-me prontamente
- vai ter de chamar um...
Aguardei pacientemente uns segundos... e perguntei
- tem um número para onde ligue?!
Olha para trás e apontou para a parede, 10 números de telefone, hospitais, escolas, bombeiros e nada de táxi, passámos a lista de fio a pavio... e responde-me
- pois não tenho o número dos táxis... vai ter de ir ao café aqui ao lado!
- tem uma lista telefónica?
Atirada para cima da mesa... procurei, nem o mínimo interesse em ajudar... incrível!
Encontrei, liguei e chamei o táxi.
Depois perguntei-lhe:
- trabalha aqui há pouco tempo
- sim sim, mudámos para cá há cerca de ano e meio...
Não entendeu a pergunta nem queria, tava na hora de saída 16h30! Não é a hora Coca-cola light, não vi homens bons aparecerem à janela, vi uma figurinha de gente arrumar o papel que tinha em cima da secretária e apressar-se para a saída e com toda a certeza a pensar... (mas que raio, vir importunar uma pessoa à hora de saída, francamente).

Compreendo que pode ter compromissos, uma camioneta para apanhar, o que for, mas e o brio profissional? Para que serve uma porteira? À portaria? Para abrir a porta e ajudar quem entra ou ajudar quem sai também?

Hummmm

Fico a pensar para que servem... e depois queixam-se... que não têm regalias... mas que regalias deve ter uma pessoa que não faz o seu trabalho bem feito?

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

As pessoas a rirem de coisas diferentes mas a rirem em conjunto

... é impressionante a quantidade de vezes que acontece estarem dois "amigos" a rir, muito e alto e em conjunto... e caso lhes perguntemos de que riem, vão apresentar-nos motivos diferentes...
Será este tipo de riso falso e superficial? Ou será tão válido quanto rir em conjunto sobre o mesmo assunto!?! Há várias análises possíveis, vou tentar resumir as minhas...
Ambos riem de assuntos diferentes mas:
a) não se apercebem de que os motivos que os fazem rir são diferentes e por isso sentem-se unidos e fortes no seu riso...
b) sabem que estão a rir por motivos diferentes mas não tem importância pois rir é bom e faz bem ao espírito, por isso pensam "que mal pode ter os motivos serem diferentes"
c) um dos dois sabe que estão a rir por motivos diferentes e pensa se o outro se aperceberá disso...
Alguem tem mais sugestões?!?!

domingo, 22 de novembro de 2009

Acredito na bondade humana...

... pois acredito, digam o que disserem ela existe e "passamos" por ela todos os dias ao caminhar pela rua.
Aconteceu-me uma situação curiosa que me fez pensar que realmente podíamos dar um pouco mais de nós a desconhecidos no dia-a-dia.
Estava num "guichet" a comprar um bilhete para o comboio, faltavam 2 minutos para o dito chegar, mas faltavam-me 20 cêntimos e caso eu perdesse este comboio perdia uma ligação de outra viagem (também de comboio) mais longa e era certo me atrasaria para uma reunião em Santarém.
Perguntei no "guichet" se poderia ficar a dever o dinheiro e que o devolveria no final do dia no regresso. Ouvi logo um "sim claro, se eu não estiver entregue ao meu colega", mas entretanto, a muito simpática rapariga que estava ao meu lado (anterior cliente do "guichet") disse-me, reparando no meu claro embaraço, "aqui tens". Eu fiquei a olhar para ela, estupefacta, como pode uma perfeita desconhecida dar-me dinheiro, assim!??! Ainda lhe perguntei, como lhe poderia devolver o empréstimo, pois certamente e dificilmente voltaria a encontrá-la... Ela disse-me "não tem importância"... Não estava em mim de supresa... uma rapariga talvez da minha idade, com um tom de pele bem mais escuro que o meu e talvez/provavelmente (?) com uma vida bem mais dura que a minha, dá-me assim 20 cêntimos... Não é muito, estão agora a pensar, pois não, mas quantos de nós damos assim dinheiro a um perfeito desconhecido em apuros?! Quantos damos? Podemos perguntar a nós próprios, quantas vezes já demos?
... 20 cêntimos
... o braço para atravessar a rua
... a nossa atenção a alguém que precisa dela
... a nossa disponibilidade para segurar num saco a alguém que entra num carro, ou abre uma porta, ou entra num elevador
...
A pergunta é, quantas vezes damos, sem esperar absolutamente nada em troca? Quantas? Se calhar podemos contar pelos dedos de uma mão (ou das duas, para os de coração maior!).
Vamos abrir a nossa bondade a todos os que precisam, sem esperar nada em troca, vamos dar, porque só quem dá é que recebe. Vamos dar como gostaríamos que nos dessem a nós, assim, só dar.
Acho que apenas este dar é altruísta e nós somos altruístas, só temos é de procurar bem nos cantinhos escondidos dentro de nós.
Dêem!!

sábado, 7 de novembro de 2009

Dias de chuva

Há dias de chuva diferentes dos outros... não sei se terá apenas a ver com o sítio onde "nos sentamos" ou se da nossa disposição. Os dias de chuva, tal como os dias de sol ou de vento, são tantos e tão diversos quanto queiramos, mas há um tipo de dias de chuva muito característico e de que gosto sem comparação. Estes são aqueles dias de chuva que ocorrem durante o fim-de-semana e são aqueles em que podemos ficar deitados no sofá, debaixo de uma manta a olhar para a janela e ver o dia passar... Adoro estes dias e sinto-me feliz por poder simplesmente estar a olhar para fora e não fazer absolutamente nada a não ser estar.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

As pessoas e as suas mentiras...

... porque mentem as pessoas? Para enganar ou não magoar os outros? Porque momentaneamente se iludem a si próprias? Porquê? Não sei... mas deve haver uma razão muito forte para enganarmos pessoas que gostam e confiam em nós, não? Ou será mesmo tão só e simplesmente porque a nossa abstracção do outro o permite, pois não pensamos nem queremos pensar naquilo que sentirá. No momento da mentira estamos apenas a pensar em nós próprios, de forma tão egoísta, no nosso conforto e bem estar que não vemos mais nada nem ninguém. Mas magoamos e deixamos tristes os outros, sempre que os iludimos, sempre que dizemos uma coisa e fazemos outra, sempre que prometemos e não cumprimos... até um dia em que deixam de simplesmente confiar em nós, porque quem já "mentiu" muitas vezes, mente muitas mais... É triste alguém não poder confiar em nós porque já lhe mentimos demasiadas vezes... Muito triste, mas acontece no decorrer da vida e pode até nem ser consciente. Como se evita? Acho que é bom pesar bem aquilo que se diz, não deitarmos coisas da boca da fora, promessas vãs que não sabemos se conseguiremos cumprir. Mais vale dizer olha não sei se quero ou não me apetece. Os outros têm de entender, pois ou é isso ou uma mentira descarada que será descoberta quando eu tiver de ligar para dizer "olha afinal não posso" ou então quando passar tanto, demasiado, tempo para que perceba que não vai acontecer. Não vale a pena tentar que as coisas caiam assim no esquecimento, quem é enganado não esquece e se for astuto da próxima não cai na mesma esparrela de (quase) sempre...

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Pessoas cinzentas

Há pessoas de todas as cores! Há pessoas de uma cor só e outras tão coloridas que têm mais cores que um arco-íris num dia de chuva com sol a espreitar! E depois ainda existem as pessoas cinzentas... Essas parece que são em maior número e estão em todo o lado. Escondem-se nos cantos escuros ou no meio do passeio. São aquelas pessoas por quem passamos sem dar por elas. Pessoas comuns mas que para mim não têm qualquer significado... para além de serem pess(o)as... que eu não vejo.
As pessoas cinzentas são chatas quando falam. Vejo-as como via alguns adultos quando era criança... Que chatice bestial ouvir esta... p e s s o a... este ser irrelevante e sem interesse, sem nada de bom ou construtivo para me dizer ou ensinar. Toma-me tempo e por isso ainda vejo essas pess(o)as com mais desagrado. Pergunto-me para que servem? Para ocupar espaços vazios? Para preencher vazios na vida de outras pess(o)as? Talvez sejam amigas entre si e visitem os mesmo lugares? Estou a exagerar, é certo que são coloridas para outros que não eu. Tenho a certeza! Ou pelo menos quero ter... pois de outra forma... como podem ser elas felizes? Hmmmmmm

Falando das coloridas. Adoro essas pessoas com quem se pode falar de tudo e nada! Melhor ainda é quando nem é preciso falar e elas estão lá a brilhar com todas as cores e a "dizer-nos" que sim, que vale a pena e que é bom estar aqui para ver e ouvir todas as suas cores. Pessoas boas e com quem se pode contar, com quem se discute e discorda mas que brilham (quase) sempre e estão lá para nós também podermos brilhar. São estas as melhores pessoas as que brilham em todo o seu esplendor e nos permitem brilhar como mais ninguém consegue...

Amo as cores!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Nadar!

A primeira piscina numa aula de natação dá-me das melhores sensações que tenho ao longo do dia... Sinto-me livre como imagino um pássaro se sentirá, ou uma tartaruga mergulhada no imenso oceano... Sinto que nada me pode deter, sinto a força dos gigantes o poder dos magos :) ahhh nada melhor que umas valentes piscinas para terminar um dia de trabalho. Às 18h já só penso no merecido mergulho que me espera e depois deslizarrrrr, nadarrrrr, sem nada na cabeça a não ser a respiração e a água à minha volta.
Adoro nadar e é uma das coisas que considero faço melhor e melhor me faz! Se gostam sugiro que nadem é realmente uma sensação libertadora!

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Primeiro post - Viagens de autocarro

O primeiro post é sempre uma coisa importante... mas o que tenho para contar não é mais nem menos que um dia comum... Começa com uma viagem num autocarro em que pessoas comuns se deslocam para algum lugar... Ao olhar para várias dessas pessoas questiono-me o que pensarão... se serão felizes... muitas delas, particularmente as mais velhas, têm expressões marcadas e fortes vincos no rosto... muitos desses vincos denotam angústias e preocupações... É como se ao olha para o rosto de uma pessoa sentada num banco de autocarro se possa dizer (ou melhor ler) aquilo por que passou e viveu. Algumas pessoas têm expressões faciais tipicamente tristes, receosas, amarguradas, raivosas... outras altivas... não sei bem se já alguma vez vi alguém feliz sozinho sentado num banco de autocarro... Serão os autocarros Lisboetas grandes máquinas de infelicidade? Ou antes máquinas de raio-x reveladoras do âmago do ser de cada um? Seja como for qualquer das duas é bastante assustadora, vou tentar manter-me longe dessas máquinas da verdade! Aponto a seguir algumas razões para a força reveladora dos AUTOCARROS:
1º estão invariavelmente demasiado cheios e não há lugar para sentar
2º abanam e chocalham demasiado, ninguém pode sentir-se bem a abanar e ainda por cima sem ter sítio para sentar ou agarrar
3º no verão têm temperaturas demasiado baixas e no verão o seu interior é húmido e bafiento, especialmente nos dias de chuva
4º é raro encontrar-se alguém feliz e para quem seja agradável olhar
5º ...
Acho que podia continuar, mas fica a lista em aberto, para quem a quiser completar