segunda-feira, 28 de junho de 2010

Coisas...

Já vos aconteceu quase deixarem de fazer uma coisa porque pensam que podem ser prejudicados e depois agirem "como deve ser" e acabarem por descobrir que afinal do outro lado não foram tão honestos assim?

Gosto quando me acontece, são as chamadas "bofetadas de luva branca", incólumes, fico orgulhosa da hombridade do meu agir :)

Fazem-me sentir bem e dão-me força para agir sempre da melhor forma possível, SEMPRE, sem temer que outros nos passem à frente por serem melhores que eu... e são? Se forem, devem passar... o que é certo é que nem sempre são e não é por falta da (minha) oportunidade que não devem mostrar o que valem!

quarta-feira, 10 de março de 2010

Pagam-me para isto?!?!

Questiono-me muitas vezes de qual é o limite daquilo que me "pagam para fazer" nas funções que desempenho no meu trabalho do dia-a-dia... Questiono-me. Não vos acontece? Eu cá tenho vindo a desenvolver uma capacidade da qual não posso fazer mais do que me (des)orgulhar que é a grande capacidade do CINISMO. Que nojo... :( É tristemente infeliz poder dizer que estou muito mais desembaraçada a desempenhar estas funções de cínica inveterada, especialmente quando falo com certas pessoas! Mas acabo dizendo a mim mesma que tem de ser... É uma questão de sobrevivência e de manutenção do meu posto de trabalho. Posso dizer que aprecio 95% das coisas que faço e como tal não vou pô-lo em risco pelo facto de existirem cobras viscosas e escorregadias com quem tenho de lidar (informo que há cobras macho e fêmeas, não são só mulheres, ok!?)

Seja como for repito que tenho dificuldade em definir um limite... É certo que nunca me pediram para matar ninguém, sim isso é certo, nem para mentir (acho), mas já me pediram coisas com as quais posso não concordar, mas que executo! Acho que me vou aperceber de qual o limite quando um dia me pedirem para fazer algo a que eu vou dizer "isso não"! Ah por acaso já pediram uma coisa a que eu disse não. Mas não foi dramático, aceitaram e (imagino) respeitaram... Pelo menos assim pareceu.

Uma da maiores capacidades que uma pessoa pode ter é saber dizer não, quando não quer nem deve fazer determinada coisa! Se o chefe não o aceita, é porque provavelmente não é digno de chefiar e mais vale procurar outro emprego.

Estas são as minhas parcas considerações acerca do assunto. E as vossas?

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

As pessoas e o prazer de se ouvirem a si próprias

Cansam-me as pessoas que adoram ouvir-se a si próprias... Devíamos todos ser educados desde pequenos a estar em silêncio... tem muito que se lhe diga o silêncio e poder ser maravilhoso! Aliás de um modo geral o silêncio é algo confortável entre amigos e pessoas que se conhecem e respeitam. Adoro o silêncio tanto como adoro falar. Podemos estar só em silêncio e em perfeita sintonia com quem está ao nosso lado.

As pessoas_que_falam_demais_e_adoram_ouvir-se_a_si_próprias cansam-me... são pessoas que raras vezes percebem quando devem estar em silêncio! Há muitos tipos de pessoas que falam demais, há aquelas que falam porque se sentem desconfortáveis com o silêncio, outras que o fazem para exibir-se, outras que o fazem porque estão tristes (mas não o sabem) e disfarçam falando muito de tudo e nada, outras porque acham que as suas estórias são únicas e muitíssimo interessantes... Cansam-me... Cansa-me ter de ouvir alguém falar sobre algo que não me interessa minimamente... MAS, acho que as pessoas_que_falam_demais_e_adoram_ouvir-se_a_si_próprias são egoístas, pois o que pretendem não é dizer-nos algo agradável ou que queiramos ouvir, mas sim uma enorme quantidade de palavras... que despejam...

Podíamos muito bem impor um número máximo de palavras que cada um pudesse pronunciar por dia. Existiria um número de cor verde na palma de uma mão que se ia reduzindo até ao zero. A partir desse momento estaríamos impedidos de pronunciar qualquer palavra até ao dia seguinte começar (meia-noite por exemplo). Deste modo durante algum tempo teríamos pessoas furiosas e zangadas com o mundo por não poderem "verborreiar" mas... no médio prazo, essas pessoas aprenderiam o valor do silêncio e da palavra e apenas falariam quando tivessem algo interessante e válido a dizer.

Estou farta de pessoas que pronunciam frases inteiras sem qualquer interesse. Só para dizerem algo e não estarem caladas. Abaixo esses poluídores produtores de ruído!

Estar ou não estar...

Ao deslocar-me no comboio para casa sou interpelada pelo revisor da CP que vem de sorriso aberto a cumprimentar os passageiros e a pedir os títulos de transporte "boa tarde". Como pode este homem sorrir?!!? Com a crise, depois de horas em pé para o lado e para o outro dentro de um comboio cheio de gente carrancuda?!? Não sei o que o faz sorrir e avisar-me que há lugares disponíveis, para se quiser aproveitar antes da próxima estação!? Porque se interessa ele? Não deve ser só dos meus belos olhos, acho que é a simpatia de um ser humano para outro... mostrar que se importa e que está ali. Estamos todos, mas estaremos mesmo!? :D AHhhhhhhhhhhhhhhh essa é que é a grande pergunta, pois muitos estamos e queríamos estar noutro lugar e sendo assim é como se ali não estivéssemos, não de corpo e alma pelo menos... Parece aquela conhecida canção do António Variações "porque eu só estou bem aonde eu não estou, porque eu só quero ir aonde não vou". Acho que é importante estar completo num lugar e ter consciência de isso... mas isso sou eu....

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

A crueldade da natureza e a natureza da crueldade

São coisas diferentes sabem!? Pois são... Vinha a sair do comboio após mais um périplo matinal ao centro de Portugal e pisei algo mole... po... pensei já pisei trampa de algum animal... até fiz cara feia antes de olhar para baixo... olhei... não pode... é um passarinho bebé que nem devia ter 1 semana... será que teve tempo de respirar o ar poluído de Lisboa?! Talvez não tenha tido e sido essa a sua sorte no meio de tanta crueldade da natureza em levar-lhe a vida pouco tempo depois de lha dar. A natureza parece-nos muitas vezes cruel quando vemos um animal alimentar-se de outro, uns a morrerem para outros terem de sobreviver. Mas se pararmos para pensar chegamos à conclusão de que se trata da "lei da natureza" é assim que as coisas se passam, sempre se passaram e passarão, mesmo quando não tiver cá um Homem para assistir... Contudo, há uma crueldade bem diferente daquela da natureza, falo da crueldade dos homens... São diferentes já pensaram, uma acontece por que tem de ser, é assim a lei das coisas (da natureza) a outra acontece porque alguém quer mais ou melhor para si e não olha a meios para atingir o fim, se tiver de pisar algum pequenino/passarinho, seja!

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

As pessoas e os carros dessas pessoas ou serão os carros e as pessoas deles?!

Quase todas as pessoas que conheço têm um carro que usam para levá-las para quase todo o lado. A grande maioria das pessoas não põe sequer em hipótese de utilização de transportes públicos... Constato com algum tristeza que até pessoas que têm o metro ou o comboio à porta nunca o utilizaram para se deslocar a algum lado... Há um medo de utilizar os transportes que continuam (imaginem nos dias de hoje!!) a ser considerados "coisa de pobre"... Só se for porque os pobres de espírito que andam de carro até para fazer 500 metros para ir à compras têm medo de andar a pé. Ah e de apanhar a grip'A no comboio, metro ou autocarro... É melhor avisar estes pobres de espírito, com medo de andar de transportes, que devem ficar em casa resguardados de todos os perigos de contágio a que uma pessoa pode sujeitar-se num autocarro. Inclusive se possível evitem ir ao cinema ou jantar fora, pois também esses locais são antros de contaminação! ;) Vamos mudar os nossos hábitos, não vale a pena criticar os outros se nada fizermos para mudar! Este mês comprei o passe e venho de comboio, e tu? :)

Cada carro tem uma pessoa lá dentro... desconfio muito que são eles são os nossos donos...

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Semear chapéus...

Quem anda pelas ruas de Lisboa nos últimos dias já deve ter reparado que há chapéus de chuva partidos, espalhados pelos passeios... Porque será? Pergunto-me se aconteceria o mesmo se se tratasse de notas de 20 euros? Acho que ninguém ia deixar uma nota de 20 euros voar sem ir atrás dela para a apanhar, ou ia? Não me parece... voltamos ao mesmo de sempre, deitar ou não deitar lixo para o chão? Os cidadãos já estão educados ao ponto de não deitarem lixo ou cuspirem para o chão? Alguns estarão, outros não, mas para os que estão, não é tão mau atirar um papel, uma pastilha ou um CHAPÉU DE CHUVA!??! Parece-me que qualquer um deles incomoda os restantes cidadãos, mas é tudo a mesma coisa, chapéus, notas de 20 euros, pastilhas... Não deitem o que já não vos interessa para o chão! Por favor!